Seminários de Petróleo e Gás Natural


Prof. Responsáveis: José Romualdo Dantas Vidal e Afonso Avelino Dantas Neto (DEQ)

Esta disciplina aborda basicamente os seguintes assuntos do SPG através de palestras de profissionais especialistas, ou seja: exploração, perfuração, produção, refino de petróleo, petroquímica, fertilizantes, lubrificantes, processamento e distribuição do gás natural, meio ambiente, prestação de serviços na industria de petróleo e até os aspectos jurídicos, econômicos e técnico-setoriais sobre a regulamentação das atividades de petróleo e gás no mundo e no Brasil.

Ementa:

1-     Exploração, perfuração, produção e refino de petróleo

2-     Refino do petróleo

3-     Petroquímica; Fertilizantes e Lubrificantes

4-     Processamento e distribuição do gás natural

5-     Meio ambiente

6-     Prestação de serviços na industria de Petróleo.

Referências Bibliográficas:

Manning, Francis F. e Thompson Richard. Oil Field Processing of Petroleum. Vol. 1 (Natrural Gas) e vol. 2 (Petroleum)

Burdick; Petrochemical in non technical Language

LEINZ, Viktor e AMARAL, Estanislau, S. GEOLOGIA GERAL. Quinta edição. São Paulo. Editora Nacional(1974).

SITTER, L.U..GEOLOGIA ESTRUTURAL. Quarta edição. Edicione Omêga  S.A.. Casanova, 220 – Barcelona.

BELOUSSOV, V.V. PROBLEMAS BÁSICOS DE GEOTECTÓNICA.  Ediciones Ômega, S. A ..Casanova, 220 – Barcelona.

WILLIAMS, J. OCEANOGRAPHY: AN INTRODUCTION TO THE MARINE SCIENCE. 1962. Lttle, Brown and Company Limited. Lybrary of Congress Catalog Nº 6218105 – EUA.

CLARK, Norman J. ELEMENTS DE PETROLEUM RESERVOIRS (Henry L. Doherty Series). Printed by E.J. Storm Printing Company. Dallas. Texas. EUA.

McGRAY, Arthur W. and COLE, Frank W.OIL WELL DRILLING TECHNOLOGY, first Edition – 1959. University of Oklahoma Press. Library of Congress Catalog nº 59-7486. EUA.

GATLIN, Carl. PETROLEUM ENGINEERING: DRILLING AND WELL COMPLETIONS. 1960. Prentice Hall Inc. Englewood Clifs, N.J. EUA Library of Congress Catalog Card nº 60-6874.

ZABA. Joseph and DOHERTY, W.T. PRACTICAL PETROLEUM ENGINEERS HANDBOOK. Fifth Editions. Gulf Publishing Company, Houston, Texas. EUA. Library of Congress Catalog Card nº 58-12306.

BOBO, Roy A ., HOCH, Robert S., BOUDREAUX, George S. and ANGEL, R.R. 1958. KEYS TO SUCESS FUL COMPETITIVE DRILLING. 1958. The Gulf Publishing Company, Houston, Texas. Library of Congress Catalog  Card nº 58.9835.

SHORT, J.A. “Jim”. DRILLING AND CASING OPERATIONS.1982. Pen Well Publishing Company. Tulsa, Oklahoma. Library of Congress Cataloging in Publication Data nº 81-14386.

MOORE, Preston L.. DRILLING PRACTICES MANUAL. 1974. Penwell Publishing Company. Library of Congress Catalog nº 7480-812. Internacional Standard Book Number 0-87814-057-3.

MAUER, William C.. ADVANCED DRILLING TECNIQUES. 1980. Petroleum Publishing Company. Tulsa, Oklahoma. Library of Congress Catalog Card Number 79-53582.

ETA OFFSHORE SEMINARS, INC.. THE TECHNOLOGY OF OFFSHORE DRILLING, COMPLETIONS AND PRODUCTION. 1976. Penwell Publishing Company. Library of Congress Catalog Card nº 75-21903.

PETROLEUM TRANSATIONS REPRINT SERIES. NUMBER 6: DRILLING. Printed by the Society of Petroleum Engineers of AIME.

T.O . ALLEN E A .P. ROBERTS PRODUCTION OPERATIONS. volumes 1 e 2 OGCI, 1978. ISBN 0-930 972-00-7.

 

As avaliações dos alunos são realizadas com base nos relatórios semanais apresentados de cada palestra, baseadas pelos seguintes critérios:

 

Critérios de Avaliação dos Relatórios Semanais da Disc. Seminários de Petróleo e Gás Natural

 Os relatórios semanais dos alunos são avaliados através da atribuição de notas aos seguintes quesitos:

 A)Introdução

Ruim

Regular

Boa

Ótima

 

 

 

 

B) Objetivo:

Ruim

Regular

Boa

Ótima

       

C) Explanação

 

 

 

Ruim

Regular

Boa

Ótima

       

D) Conclusão

 

 

 

Ruim

Regular

Boa

Ótima

       

E) Apresentação

 

 

 

Ruim

Regular

Boa

Ótima

       

 

Código de notas:

                                  Ruim:     0-2

                                  Regular: 3-5

                                  Bom:     6-7

                                  Ótimo:   8-10

A média aritmética dos quesitos avaliados corresponde a nota de cada relatório

As duas tabelas a seguir mostram as programações das palestras dos semestres 2000.1 e 2001.1. Logo a seguir destas tabelas está também o anexo IV, onde um relatório amostra apresentado por um aluno no modelo sugerido.

Programa das palestras da Disciplina SEMINÁRIOS DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL para o Período:  31/03/2000 – 09/06/2000

DIA

MÊS

PALESTRANTE

TEMA DA PALESTRA

31

Março

Dr. José Romualdo D. Vidal
Engenheiro de Petróleo Senior

Experiências Brasileiras na  Exploração e Produção de Petróleo: Uma visão dessas atividades. Parte I

07

Abril

Dr. Jean Paul Prattes
Diretor Executivo da Sociedade Expetro

Petróleo e Gás no Mundo: Aspectos Jurídicos, Econômicos e Corporativos.

14

Abril

Dr. Reinaldo Resende
Encarregado de Negócios para o Norte/Nordeste da Halliburton Co.

Dr. Roberto Montalvão
Chefe de Base da Halliburton- Mossoró/RN

 

Halliburton Co.  – Uma visão da sua Organização e Áreas de atuação como Provedor de  Serviços para o Setor de Petróleo.

Dr. José Romualdo D. Vidal
Engenheiro de Petróleo Senior

Experiências Brasileiras na  Exploração e Produção de Petróleo: Uma visão dessas atividades. Parte II

28

Abril

Dr. Sérgio Pantoja
Químico de Petróleo

 

Fluídos de Perfuração

05

Maio

Dr. Milas E. de Souza
Gerente da Assessoria de Meio Ambiente da Petrobrás E&P – RNCE

 Principais Ações na Gestão do Meio Ambiente.

12

Maio

Dr. Carlos Alberto Poletto
Gerente de Avaliação de Reservatórios da Petrobrás – E&P-RNCE

A Exploração e o desenvolvimento da produção no contexto Petrobrás/E&P-RNCE

19 

Maio

José Wellington de Paiva
Eng. de processamento do Núcleo de Produção de Guamaré – Petrobrás E&P RNCE

 A unidade de processos de Guamaré

26

Maio

Carlos Eugênio Melro S. da Ressurreição
Gerente de Reservas e Reservatórios da Petrobrás – E&P RNCE

 Desenvolvimento da Produção de Petróleo e Gás Natural

02

Junho

Pedro Neto Diógenes 
Eng. de Petróleo e Diretor de Desenvolvimento do Centro de Tecnologias do Gás – Natal-RN

Vantagens do uso de Gás Natural e suas diversas aplicações na indústria.

09

Junho

Dr. Romero Gomes da Silva Araújo
Engenheiro de Petróleo 

O Complexo Processo de Extração do Petróleo

 

Programa das palestras da Disciplina SEMINÁRIOS DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL para o Período: 09/03/2001 – 08/06/2001

DIA

MÊS

PALESTRANTE

TEMA DA PALESTRA

09

Março

Prof. Dr. Afonso Avelino Dantas Neto

Abertura da disciplina "'Seminários de Petróleo e Gás Natural"

16

Março

Dr. José Romualdo D. Vidal
Engenheiro de Petróleo Sênior

Experiências Brasileiras na Exploração, Produção e Refino de Petróleo. Parte I

23

Março

Dr. José Romualdo D. Vidal
Engenheiro de Petróleo Sênior

Experiências Brasileiras na Exploração, Produção e Refino de Petróleo. Parte II

30

Março

Dr. Constantino Frate Junior
Gerente da planta de fertilizantes da fabrica de fertilizantes nitrogenados de Sergipe - FAFEN

A produção de fertilizantes no Brasil

06

Abril

Dr. Jean Paul Terra Prates
Titular de Prates & Carneiro - Advogados
(associados a Macleod Dixon LLP)
Especialista em Regulamentação do Setor

Regulamentação das Atividades de Petróleo e Gás no Mundo e no Brasil: Aspectos jurídicos, econômicos e técnico-setoriais.

20

Abril

Dr. Armando José de Melo Lima
Diretor Tecnico-Comercial da Potigás

A distribuição de gás no RN. Investimento e tarifas

27

Abril

Dr. Constantino Parente
Gerente do Departamento de Recrutamento
da Schulamberger- Serviços de Petróleo Ltda.

A Schumberger : sua estrutura e áreas de atuação como prestadora de serviços especializados

11

Maio

Dr. Eduardo Barreto Lima
Superintendente da Refinaria Landulfo Alves (RELAN)

O refino do petróleo no Brasil; A RELAN: Capacidade metas e perspectivas

18

Maio

Dr. Roberto Montalvão
Encarregado de Negócios para o Norte/Nordeste da Halliburton

A Halliburton: uma visão de sua organização e atividades desenvolvidas no campo da prestação de serviço ao setor Petróleo e gás

25

Maio

Dr. Pedro Neto Diogenes
Diretor de desenvolvimento do CT-GAS

Vantagens do gás natural e suas diversas aplicações

01

Junho

Dr. Edson Chil
Gerente da Fabrica de Lubrificantes e derivados do Petróleo do Nordeste

A produção de lubrificantes naftenicos no Brasil: Metas e perspectivas da LUBINOR

08

Junho

Dr. Milas Evangelista de Souza
Gerente da Assessoria do Meio Ambiente da Unidade de Negocios – RNCE/Petrobras

Principais ações na gestão do meio ambiente na Petrobrás

15

Junho

Dr. José Wellington de Paiva
Gerente Setorial de Operações de Produção do Campo de Riacho de Forquilha

Visão integrada do processamento de petróleo e gás natural

22

Junho

Dr. Carlos Eugenio Melro
Gerente de Suporte Tecnico, Marketting, Coordenação e Controle da Produção

Avanços tecnológicos na perfuração e produção de petróleo

29

Junho

Dr. José Romualdo D. Vidal
Engenheiro de Petróleo Senior

Experiências Brasileiras na Exploração, Produção e refino de Petróleo. Parte III

 

Formulário de Avaliação para os Alunos das Palestras na Disciplina SEMINÁRIOS DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL (uma amostra de relatório)

Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

Centro de Tecnologia – CT / Depto de Enga Química – DEQ

Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química - PPGEQ

DISCIPLINA: SEMINÁRIOS DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL

Aluno:

Francisco Wendell Bezerra Lopes

 Dados do Seminário:

Título:

Unidade de Processos de Guamaré

Palestrante e Instituição:

Dr. Wellington de Paiva 

PETOBRAS

Data:

19/05/2000

 

Descreva um Resumo do Seminário:

Este seminário teve como objetivo apresentar uma visão geral da Unidade de Processos de Guamaré (ECUB), onde foi feita uma descrição dos processamentos do Óleo e do Gás, bem como Auxiliares da Indústria do Petróleo.

O petróleo, como sabemos, não é uma mistura pura, e sim uma complexa mistura de compostos orgânicos onde predominam os hibrocarbonetos. Além disto não existem dois petróleos idênticos. Suas diferenças influenciam de forma decisiva tanto nos rendimentos quanto na qualidade das frações.

Dessa forma, o petróleo deve ser processado e transformado de forma conveniente, com o propósito de obter a maior quantidade possível de produtos valiosos, da melhor qualidade possível, minimizando-se os produtos de menor valor comercial.

Processamento de Óleo - O petróleo que chega do mar ou terra, mistura esta constituída de aproximadamente 70 % de água, é enviado a uma estação de tratamento de óleo (ETO), na qual usa óleo térmico como fonte de calor, que tem por finalidade tratar este óleo e deixá-lo com um teor menor que 1% de água, e uma quantidade de NaCl inferior a 250 ppm. O teor de água e sal, presentes no petróleo é o ponto mais crítico no processo de uma refinaria. A água extraída deste óleo é enviada a uma estação de tratamento de efluentes (ETE), onde o tratamento é feito por flotação adsorvida, que consiste em usar coagulante, floculantes e ar a 5 atm. Este ar pressurizado tem por finalidade juntar as gotículas de óleo no flotador e liberar a água. O óleo extraído do flotador absorvido é enviado ao tanque de óleo e a água tratada, apresentando um teor de óleo inferior de 20 ppm, valor este estabelecido pelo IBAMA, é enviada ao mar através de um emissário submarino.

Processamento de Gás Natural – O gás natural constituído de uma mistura de hidrocarbonetos de baixo peso molecular, CO2, N2, etc, onde deste deriva-se o Gás Residual, GLP e Gasolina Natural. O Gás Residual é constituído de CO2, N2, C1 , C2; serve para transporte (gás veicular) e combustível (gás combustível). O GLP (Gás liquefeito de petróleo) constituído de C3 e C4 é utilizado como gás de cozinha; e a Gasolina Natural constituído a partir de C5+.

No Processamento do Gás Natural, o gás é enviado a uma estação de compressores para ser comprido a uma pressão de 5 Kgf/cm2, com o objetivo de formar duas fases para a devida separação. Em seguida o Gás Natural é enviado a uma unidade de fracionamento, a qual é constituída de um Resfriamento Simples, Absorção, Efeito Joule-Thomson e Turbo Expansão.

No Processo de Refrigeração Simples, o Gás Natural após ser resfriado ate –30ºC através de uma corrente de gás propano a –42ºC, é enviado a torre Absorvedora para a obtenção de Líquido de Gás Natural (LGN) e Gás Residual (GR). A seguir o LGN é enviado à coluna Desetanizadora, que é uma coluna absorvedora com seção de esgotamento, onde no fundo da torre, o aquecimento promovido pelo refervedo garante a vaporização do excesso de etano absorvido e no topo faz-se a admissão de solvente proveniente do condensador a propano que garantem a produção de um óleo rico desetanizado, ao mesmo tempo em que é gerado um gás residual pobre (GRPB), praticamente isento de frações de C3+ no topo. O óleo desetanizado do fundo da torre é a carga para a Fracionadora de Óleo Rico, onde a função desta Fracionadora é separar o LGN da aguarrás, que retorna ás torres de absorção e desetanização por um processo de destilação convencional.

O óleo rico efluente do fundo da desetanizadora é pré-aquecido e entra no fundo da fracionadora, onde recebe o aquecimento final no fundo da torre. O Produto de topo da torre é totalmente condensado no condensador de topo à água, sendo parte bombeada de volta à torre como refluxo de topo e outra parte alimentada a Torre Desbutanizadora

Na Coluna Desbutanizadora ocorre um processo de destilação, na qual se processa a especificação do GLP produzido pelo topo, através da seção de absorção. A carga para a torre constituída pelo produto de topo da fracionadora, é pré-aquecida pela gasolina natural, produto de fundo da própria desbutanizadora.

O fluido quente do refervedor da desbutanizadora é a aguarrás quente proveniente do forno da fracionadora. O topo da desbutanizadora, constituído de propano e butano, é totalmente condensado, retornando parte à torre como refluxo e o restante sendo enviado para tratamento, odorização e armazenameno.

O ponto de corte entre o produto de todo e fundo desta torre é definido pelo análise de intemperismo, que é dado pelo P.F.E. do G.L.P. e que tem como objetivo anexar o máximo possível de pentano ao G.L.P. permitido pela especificação do produto.

A análise de P.V.R (pressão de vapor Reid) é o teste que limita o teor máximo de etano que pode ser introduzido na corrente de GLP.

            Finalmente o GLP passa pela Unidade de Dessulfurização de Gás, que tem como objetivo dessulfurizar, ou seja, remover o enxofre do GLP, que pode ser através de um tratamento com reações químicas usando MEA, DEA e TEA ou através de Leito Fixo que usa Ferro Esponja ou Sulfatreat como removedor de enxofre.

            Antes de processar o gás é necessário remover a água contida no mesmo para se evitar o congelamento das linhas e isto é feito pelo uso de glicol (monoetileno glicol ou etileno glicol) ou através de peneiras moleculares (zeólito) com área intersticial de aproximadamente 900 m2/g, onde a regeneração é feita pela passagem de gás seco aquecido através da peneira para a remoção da água.

Destaque as informações que mais lhe chamaram a atenção e dê sua opinião pessoal sobre o seminário:

Um dos detalhes que chamou minha atenção foi na parte da Unidade de Diesel, onde a classificação do diesel é feita de acordo com sua especificação, ou seja, de acordo com o teor de enxofre apresentado; sendo que para um Diesel B o teor de enxofre é menor que 0,5%, Diesel C < 0,2% e Diesel D < 0,1%, e o melhor diesel é aquele que tem o menor teor de enxofre e cujo principal produtor brasileiro é o RGNorte.

 


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