ENBEQ - Encontro Brasileiro Sobre Ensino de Engenharia Química
 

O QUE É O ENBEQ ?

O ENCONTRO BRASILEIRO SOBRE O ENSINO DA ENGENHARIA QUÍMICA – ENBEQ, é um fórum constituído por todas as IES do país que possuem curso de Engenharia Química. O encontro discute essencialmente o ensino da Engenharia Química no Brasil em todas as suas dimensões, ou seja, currículo, conteúdo programático, metodologia de ensino, condições operacionais, mercado de trabalho, graduação e pós-graduação.

Para estes encontros são convidados, além dos docentes de EQ das diversas IES, alguns profissionais da área industrial, de centros de pesquisa e de órgãos de fomento. Com exceção do último ENBEQ, tradicionalmente um professor de Engenharia Química de uma Instituição Internacional, era convidado para participar do encontro para relatar experiências e trocar idéias. Todo esse processo de interação visa melhorar a qualificação dos cursos de EQ do Brasil, adequar o perfil do Engenheiro Químico às necessidades do mercado atual, identificar e analisar as atuações presentes e futuras do Engenheiro Químico no setor industrial e em outras áreas. O encontro se propõe ainda a discutir as deficiências gerais dos cursos, levantando os problemas atuais e indicando, através de recomendações e linhas de ações, medidas que objetivam atingir as tendências de cursos modernos, as tendências tecnológicas e de demanda futura do profissional na referida área. Espera-se, pois, capacitar melhor os atuais alunos de Engenharia Química para atender e implementar as novas tecnologias e demandas do mercado.

Uma outra diretriz do ENBEQ é procurar acompanhar se as ações aprovadas em cada encontro, são implementadas por cada curso de Engenharia Química, promovendo assim uma compatibilidade interna nos cursos a nível nacional. Com isso acredita-se que é possível formar profissionais capazes de atender as demandas dentro e fora do país e de gerar mudanças nos setores de atuação do Engenheiro Químico.

O I ENBEQ foi realizado em 1981, em Campinas – SP e o segundo ocorreu sete anos depois, em 1988, em São Paulo. A partir de 1989 o ENBEQ vem sendo realizado a cada dois anos, e, de 1989 até 1995, o encontro foi em Itatiaia – RJ. Em 1997 foi realizado em Caxambu – MG e este ano, em São Pedro – SP.

O ENBEQ, que sempre dura três dias, possui a seguinte sistemática de trabalho: no primeiro dia, Palestras e Mesas Redondas são realizadas com a participação de todos, onde temas relevantes para a profissão e para o curso são apresentados e discutidos. No segundo dia de encontro, os participantes são divididos em diversos Grupos de Trabalho – os GT’s, onde temas específicos são discutidos e debatidos exaustivamente. No terceiro e último dia do encontro, ocorre a plenária de encerramento, onde cada GT apresenta suas propostas de recomendações e linhas de ação, oriundas da ampla discussão realizada nos grupos. Essas recomendações são então discutidas, modificadas (quando necessário) e aprovadas pelo plenário nesta sessão de encerramento. Espera-se então, que as decisões aprovadas sejam acatadas por todos os cursos de EQ do Brasil. No ENBEQ-99, além dos temas tradicionalmente abordados nos encontros anteriores, discutiu-se temas de grande relevância atual como o Provão, as Diretrizes Curriculares e o Mercado de Trabalho.

Quanto ao Provão, ficou clara a necessidade de se analisar as causas do desempenho considerado insatisfatório, dos concluintes de Engenharia Química em todo o Brasil, o que nos coloca, sistematicamente abaixo do desempenho das outras Engenharias. Alguns pontos positivos e negativos do Provão foram levantados, e uma comissão foi designada para realizar uma análise mais apurada da questão.

Outro ponto bastante polêmico foi o das Diretrizes Curriculares. A proposta da comissão de especialistas do MEC - CEMEC, que na prática, é a que está em discussão, foi discutida pelo grupo formado para este fim, e questões, tais como carga horária total e sua distribuição percentual ao longo do curso, suscitaram acirrada discussão. Em função dos polêmicos pontos ali levantados e de divergências entre os membros da plenária, uma outra comissão foi designada para analisar cuidadosamente estes pontos, buscando formas de esclarecer dúvidas e intervir antes da aprovação final da proposta da CEMEC.

Em relação ao Mercado de Trabalho constatou-se que o Engenheiro Químico, além de atuar nas áreas tradicionais inerentes à sua competência técnica, está atuando também em áreas não convencionais, tais como: serviços, consultorias, meio ambiente, qualidade, segurança, análise de riscos, economia, marketing, vendas/comercial. Há uma necessidade urgente de se diminuir a distância entre a academia e o mercado de trabalho, promovendo-se cursos, palestras, conferências e seminários, proferidos por profissionais atuantes nas diversas áreas de atuação do Engenheiro Químico.

O VIII ENBEQ teve os seguintes resultados:

GT1: Ensino de pós-graduação: suas especificidades e sua integração com a graduação e com o setor industrial
GT2: Diretrizes Curriculares
GT3:Metodologia de Ensino de Graduação em EQ: recursos computacionais como suporte racional ao ensino
GT4:Metodologia de Ensino de Graduação em EQ: inserção de atividades de pesquisa e extensão na grade curricular: experiências em curso e novas propostas
GT5: Disciplinas com características específicas: experimentais, de enfoque aberto, estágios e projetos de final de curso
GT6:  Disciplinas críticas: ainda é necessário esforço complementar na formação/qualificação de docentes e atualização bibliográfica/metodológica em disciplinas do curso de EQ? Quais seriam estas?
GT7: Inserção do graduado em Engenharia Química no mercado de trabalho
GT8:  AVALIAÇÃO DOS CURSOS DE EQ: ANÁLISE DO PAPEL E DOS RESULTADOS DO EXAME NACIONAL DE CURSOS (“PROVÃO”)

Plenária final - Download do documento final do ENBEQ


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